Depois do Carnaval eis que surge a dúvida:





Qual a hora certa para trocar de emprego?



Pouca gente consegue perceber a hora certa de mudar de emprego”, afirma José Floro Sinatura Barros, diretor-presidente da Floro - Gerenciamento de Carreiras. Para ele, a maioria das pessoas só busca uma nova ocupação quando está no limite do suportável, ou quando sente que pode ser demitida.

“Normalmente, os profissionais só percebem que a situação está insustentável muito tarde e acabam demitidos, sem perspectivas de um novo emprego. Isso acontece, principalmente, porque só levamos em conta os salários e benefícios, que nos trazem uma certa segurança, esquecendo do crescimento profissional, que pode estar estagnado.”

Segundo Floro, um bom emprego significa mais que um bom salário. “Além dos ganhos financeiros, é fundamental que possamos desenvolver nosso conhecimento profissional no trabalho. Enquanto houver esta possibilidade, sugiro que o funcionário continue na empresa. Se não ocorrer esta evolução, ou seja, o funcionário mais ensina que aprende, minha sugestão é olhar fortemente o mercado e buscar uma nova posição, que continue possibilitando uma evolução profissional.”

De acordo com Floro, o ideal é permanecer no máximo dois anos em cada função. “Depois de 2 anos, nós atingimos uma situação bastante confortável, porque conseguimos dominar completamente os processos e as atividades daquela função. Mas, na verdade, o desenvolvimento fica comprometido e logo vamos nos tornar atrasados, descartáveis. Eu insisto exatamente na situação contrária. Devemos trabalhar sempre numa situação desconfortável, ou seja, em que há coisas que não sabemos, mas que podemos aprender. Por isso, minha dica é: a cada dois anos, mude de função. Caso isso não seja possível dentro da mesma empresa, é hora então de buscar outro emprego em outra empresa”, diz.

Estar de olho no mercado sempre é fundamental, independente de estar ou não empregado. “Grande parte das pessoas só olha para o mercado quando está no limite de ser mandado embora ou não agüenta mais a função em que está. No limite, a pessoa entra em desespero e perde muitas chances que poderiam ser boas.”

Há, porém, profissionais que sentem-se desconfortáveis em buscar um novo emprego estando empregado. “Ser fiel à empresa é importante para a realização de um bom trabalho, mas buscar novas oportunidades não é nenhuma traição. No momento em que percebemos que não está acontecendo a evolução profissional, devemos tomar a decisão de buscar novas e mais desafiadoras oportunidades.

Nesta hora devemos agir com senso profissional, da mesma forma que a empresa age quando os negócios não acontecem da forma como se esperava. A empresa tem projetos, espera determinados resultados e não sentirá que está traindo você se for necessária uma dispensa de profissionais”, afirma Floro.

(Canal Executivo – 19/01/05)

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